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Professor Fábio Cantizano, especialista em marketing para o mercado fitness.
Fabio Cantizano CREF: 16603-G/RJ – Profissional de Ed. Física.

Esse artigo é mais prático do que o de costume.

Sou dos textões, mas aqui consegui unir o que você quer com o que você precisa, ok?

Sobre resultados

O que a audiência quer: Dicas de como conquistar o shape da forma mais rápida possível, sem ter que ouvir tanto sobre segurança ou qualquer outra forma de cuidado.

Já que você dará a dica, toda a responsabilidade poderá ser atribuída a você e sua academia. O lado bom é que academias não criam muitos conteúdos desse tipo, deixando esse espaço para influenciadores que visam lucro, independentemente das consequências.

O que a audiência precisa: De marcas que ajudam a ter resultados, porém com segurança. A audiência precisa de marcas que se preocupam com bem estar e longevidade. Precisam de resultados através de planejamentos feitos com base em ciência aplicada, algo que apenas profissionais qualificados conseguem fazer.

Como fazer: “Uma mentira repetida 1000 vezes se torna verdade”. Não sei quem é o autor dessa frase, mas cabe bem aqui. Quando muitos influenciadores sarados falam repetidamente um determinado absurdo, a audiência julga o discurso científico como antiquado. Imagine 50% das academias “martelando ciência” diariamente, com argumentos que abordam resultados e consequências das más escolhas.

Na prática: Sua marca vale ouro. Mostre disponibilidade para ajudar, mas que não quer em seu estabelecimento pessoas que não são inteligentes o suficiente para ouvir especialistas. Pode parecer absurdo, mas essa atitude estimulará a curiosidade. Marcas são diferentes de pessoas, mesmo com discurso humanizado. Marcas criam tribos, mas com regras!

Sobre Saúde

O que a audiência quer: Vive mais e com aparência de jovem. A prova é a quantidade de personal trainers atualmente insistindo na ideia de que personal tem que ter shape, como se o profissional sem barriga tanquinho não tivesse a menor credibilidade. A ignorância da audiência é tão grande que acreditam no personal que prega isso, mesmo quando ele claramente aparenta fazer uso contínuo e exagerado de esteróides anabolizantes.

O que a audiência precisa: Ouvir um discurso sobre saúde com linguagem mais clínica. Nosso ambiente de saúde é exageradamente informal, nossos profissionais usam short e camiseta. Dificilmente seremos equiparados pela audiência aos demais profissionais da sáude que usam jalecos brancos.

Uma das formas de mudarmos um pouco essa percepção, possibilitando até mesmo ajustar quanto cobramos, é falarmos sobre saúde com base em dados, ciência de verdade, sem criticar colegas que adotam condutas nada éticas.

Na prática: Esqueça o que outros profissionais e marcas fazem em termos de discurso. Planeje o discurso e a linguagem da sua marca, sem economizar em dados da saúde ou eloquência. A maioria deseja estar ao lado dos que parecem melhores. O lado bom de estudar e ter discurso clínico é que parecemos melhores. Shape tem validade, conhecimento não.

Se o shape do seu professor ou estética do post da rede social da sua academia forem superiores ao discurso, o tempo de validade será menor. Por mais que a audiência queira rapidez, independentemente de segurança, ninguém quer ficar perto de uma farsa.

Seu conteúdo de marca é uma farsa?

Sobre rotina de treino

O que a audiência quer: Saber e tomar o que bodybuilders tomam, querem ter os resultados dos bodybuilders, querem fazer o que eles fazem, mas não querem, de forma alguma, fazer o necessário para chegar lá de forma personalizada. Cada indivíduo é único e jamais terá os mesmos resultados de um atleta apenas fazendo o que ele faz.

O que a audiência precisa: Informação com base nos princípios científicos do treinamento, precisam saber que atletas do mesmo nível competitivo têm rotinas completamente diferentes, pois são pessoas diferentes. Precisam entender os demais sacrifícios feitos pelos atletas para chegarem onde estão.

Na prática: Não ignore modalidades fitness de alto rendimento, mesmo que elas estejam ligadas ao uso de recursos ergogênicos que deveriam ser controlados. Esses atletas são ídolos e inspiram pessoas, você querendo ou não.

O desafio do conteúdo nesse caso é: Como mostrar para seu cliente a melhor forma de chegar onde ele deseja, de forma segura, e com rotina completamente diferente da do atleta, pois são pessoas diferentes. Quem não utiliza esteróides precisa de mais descanso. Quem trabalha em pé tem demanda diária maior de membros inferiores do que quem trabalha sentado. Isso tudo influencia.

Aqui, o melhor conteúdo não é sobre a melhor rotina, é sobre os motivos pelos quais as rotinas devem (obrigatoriamente) ser diferentes, justamente por serem pessoas diferentes com recursos diferentes.

O papel principal do conteúdo

O principal papel do conteúdo na saúde é educar para que as pessoas tenham uma vida mais saudável. No caso de atletas, educar para atingir o melhor desempenho com o menor risco de lesões e maior longevidade no esporte.

Marcas educam para um determinado comportamento de consumo, influenciando em médio e longo prazo a lucratividade da marca.

Sua marca educa para melhorar a lucratividade dela em médio e longo prazo?

Não vai me dizer que ela apenas segue as tendências e hypes, como a maioria faz, com resultados que nem me dou o trabalho de comentar?

Se você realmente se preocupa com a excelência operacional da sua sala de musculação e sobre como sua marca educa comportamentos, clicar no link abaixo é uma decisão inteligente.

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