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Ramon Dino: O dinossauro que saiu do Acre para o mundo!

Da necessidade do básico no início da carreira ao maior triunfo: O título de Mr. Olympia da Classic em 2025

outubro 14, 2025

Tempo aproximado de leitura: 3 minutos

Professor Fábio Cantizano, especialista em marketing para o mercado fitness. — Fabio Cantizano CREF: 16603-G/RJ – Profissional de Ed. Física.

A madrugada de 12 de outubro de 2025 marcou um momento épico na história do fisiculturismo brasileiro. Em Las Vegas, nos Estados Unidos, Ramon Rocha Queiroz, o Ramon Dino, sagrou-se campeão do Mr. Olympia na prestigiada categoria Classic Physique.

A vitória não apenas coroou uma trajetória de dedicação, mas também o estabeleceu como o primeiro homem brasileiro a alcançar o ouro na principal competição do esporte. O “Dinossauro Acreano” transformou anos de vice-campeonatos e pódios em um título mundial histórico.

Ramon Dino: A Jornada de Rio Branco ao Palco Mundial

A história de Ramon Dino, natural de Rio Branco, Acre, começou de forma modesta. O fisiculturista, hoje com 30 anos, iniciou sua jornada nos palcos em 2016, competindo como júnior em um show local, onde já conquistou seu primeiro título. Sua genética favorável e a dedicação total ao esporte fizeram com que ele rapidamente chamasse a atenção no cenário nacional.

Sua transição para o cenário profissional e o sonho do Mr. Olympia ganharam força com vitórias importantes. A conquista do Mr. Olympia Brasil em 2024 foi crucial, garantindo-lhe a vaga para a edição de 2025 em Las Vegas. A consistência na evolução do seu físico era notável, mas a trajetória no palco principal exigiria resiliência e aprimoramento contínuo.

Ramon Rocha Queiroz nasceu em 9 de fevereiro de 1995, em Rio Branco.
Sua estreia no fisiculturismo ocorreu em dezembro de 2016, na categoria júnior.
Em 2024, venceu o Mr. Olympia Brasil, garantindo a classificação para 2025.

Entrevista de Ramon sobre falta de recursos e preparação

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Classic Physique: A Escalada no Mr. Olympia de Ramon Dino

A participação de Ramon Dino no Mr. Olympia é uma verdadeira escalada. Em sua estreia na Classic Physique, em 2021, ele já demonstrou potencial ao alcançar o quinto lugar. Contudo, foram os anos seguintes que o colocaram de vez na elite, desafiando o então hexacampeão da categoria, Chris Bumstead (Cbum).

Em 2022 e 2023, Ramon Dino consolidou sua posição como o segundo melhor do mundo, conquistando o vice-campeonato em ambas as edições. Apesar de estar no pódio, a expectativa pelo ouro aumentava a cada ano, culminando em uma apresentação desastrosa nas prévias de 2024, onde ele não apresentou o volume e a definição esperados, ficando em quarto lugar.

A lição de 2024 serviu como um impulso para a edição seguinte, como o próprio atleta reconheceu. Essa “força de impulso” o levou a trazer para o palco de 2025 um “conjunto melhorado”, com foco total na eliminação de falhas anteriores.

2021: 5º lugar no Mr. Olympia.
2022: Vice-campeão.
2023: Vice-campeão.
2024: 4º lugar, após apresentação com volume e definição abaixo do esperado.

O Título Inédito e a Premiação de Ramon Dino em 2025

A vitória de 2025 foi construída “pose por pose”. Ramon Dino apresentou um físico dominante desde as prévias realizadas na manhã de sábado, demonstrando confiança e controle do palco.

Ele superou o alemão Mike Sommerfeld, que ficou em segundo lugar, e o estadunidense Terrence Ruffin, o terceiro colocado. A consagração veio com a medalha de ouro e o troféu, marcando o fim de uma era na categoria.

Com a vitória, Ramon Dino não apenas fez história, mas também garantiu uma premiação significativa. O prêmio para o primeiro lugar na Classic Physique foi de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 552 mil na cotação atual). Sua vitória simboliza o topo do fisiculturismo masculino no Brasil, somando-se à tradição de sucesso já estabelecida pelas mulheres do país.